terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Boas Festas

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Uma lista dos 100 melhores discos da década

Digo "uma lista" porque qualquer enunciação de "o melhor" e de "o pior" é sempre apenas "uma lista": reside num determinado gosto e no sistema cultural do enunciador e será sempre, em última análise, "a melhor lista da pessoa que a enuncia".


Com todas as críticas que se podem cravar nesta e em todas a listas, tem a virtude de abrir pistas e reposicionar o nosso olhar entre tudo o que nos passou pelos olhos/ouvidos que não será mais que acessório e aquelas coisas que devemos, se calhar, (voltar a) ouvir com um pouco mais de atenção.

Lista do Times para os melhores 100 discos pop da década - há outras listas no mesmo sítio do Times mas o link é para a música pop.

A Zaracotrim vai gostar de ver quem está em 1º e 3º.

Gostei de ver na lista o 100º, 26º, 21º, 9º e desconfiei - mas assim vou ter de ouvir - do 5º.

Ver aqui.


sábado, 5 de dezembro de 2009

Uma resposta por semelhança de sobrenome

Falou-se aqui de Jorge Salgueiro. Sabe sempre bem uma pontinha de intelectualidade num mar de algumas banalidades. Como é que se pode apreciar Kubrick sem se ter visto o Rambo? Quem se atrever à discussão que responda.

Esta música -aliás todo o disco "Os dias da Madredeus" - foram uma revelação para muita gente. Podia dizer "aparição" mas depois iriam acusar-me de elitismos por estar a tomar de empréstimo outra revelação/aparição/revolução na cultura portuguesa, desta feita o livro de Vergílio Ferreira. Feito este parêntises, que não teve direito aos ditos (parêntesis) mas ao menos teve pontução com direito a pontos finais e tudo - peço desculpa o novo deslize com sabor a Saramago - quero só dizer que a canção que em baixo apresentou-se-me como uma coisa nova cujo efeito perdura até hoje. Uma voz extraordinária e um acórdeão a falar com uma violoncelo. E depois, uma vaca em chamas guiada por um homem? Só isto desperta a atenção de qualquer um. Faz-me lembrar outra vaca cuja imagem não mais se apagou assim que a vi: a vaca sacrificada em Apocalipse Now. Fica para outro dia. Depois de tantas referências culturais já não me apetece falar de Wagner, Josehp Conrad, The Doors....


Um tipo tira(-se) uma fotografia por dia desde 2000. O vídeo abaixo ilustra 6 anos. Não me parece um exercício de narcisismo. É formidável: como é que alguém tem a força para manter um projecto destes - tão pequeno e no entanto incomensurável - há quase 10 anos? Pose anónima, olhar inexpressivo, milhares de fotografias com uma cara enquadrada. Fica-se a olhar. A olhá-lo enquanto ele nos olha.




As fotografias diárias desde 2000 a 2009 podem ser vistas aqui

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Jorge Salgueiro

Retomando uma rubrica de longos pergaminhos deste espaço de verdadeiro serviço publico, deixo um exemplo do talento que (ainda) conseguimos produzir e manter, apesar das dificuldades conhecidas (nao vamos por ai, sff...), agora na variante de composiçao.

Alguns reconhecerao o nome e poderao encontra-lo no topo de 'Talent de Bien Faire', obra recente na nossa estante... bastante original e um sucesso.. digamos, razoavel....... porque nao retoma-la?

Reforçando a nacionalidade (resquicios do 1 Dezembro?!), Jorge Salgueiro, em Ensaio Sobre a Cegueira:









Espero que gostem, tanto como eu, pelo menos...

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Peter and the Wolf (para crianças)

Já sabemos onde é que o maestro foi buscar os nomes e referências para os excertos de narrativa!!!

Existe disponível no youtube uma versão dobrada em português (do Brasil), no entanto, devido a ser uma versão VHS tem alguns problemas sonoros, pelo que coloquei aqui a versão em Inglês.

Parte 1


Parte 2

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Nova SMO

Quem frequenta, como eu, a SMO desde a adolescência, o facto de ter a cara lavada não será um factor adicional de atracção. Crescemos dentro daquelas velhas paredes, a cheirar o mofo, a não estranhar as brechas nas paredes. É verdade que muitos de nós - a maioria - depois não frequenta a SMO para lá do espaço da Banda. Mas a cara nova e a criação de novas condições pode/deve ser pólo de atracção para outras pessoas. Não o será só por si; são precisas pessoas para chamar/atrair outras pessoas e aí também estamos todos desafiados.

Quero sublinhar e enfatizar as palavras do orador improvisado e quebra protocolo pOmpOm: depois de muitas Direcções e titulares de cargos municipais esta obra foi feita nos mandatos de Susana Amador (CM Odivelas) e Fernanda Moroso (SMO). Muito obrigado a ambas e respectivas equipas, embora tenha de revelar a nossa Presidente: se é verdade que a falta de vontade política/dinheiro para atribuir seria uma impossibilidade para lá da qual nada se poderia realizar, só o esforço de lá chegar tornou esta obra possível. Obrigado.


terça-feira, 17 de novembro de 2009

O Martim Moniz chegou à SMO




É mesmo verdade! Notícia de ultima hora: a presença do Martim Moniz foi confirmada na sede da SMO!! Ao que parece o valente herói ficou de novo preso numa porta, mais de 900 anos depois do famigerado entalanço na porta do castelo de S. Jorge. Como podem verificar nas fotografias, o nobre mártir sofreu longos minutos até ser libertado, para glória do luso povo.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Grooveshark... gostei!

Em resposta ao 'desafio' do tromps, deixo a minha sugestao para a banda sonora de um dia cinzento de Outono, como o de hoje, bom para preguiçar ao som da chuva no vidro da janela...

Um abraço a todos....


domingo, 8 de novembro de 2009

A minha lista... de quinteto...

Aqui vai a minha lista (depois de seguir a sugestão do Tromps... ou será tromps?)

Contém 3 peças (com outras versões) que constam do nosso actual reportório, 2 que tentámos que entrassem no nosso reportório (mas foi no século passado) e outras 2 que eu gostava que um dia entrassem, mas temo que já não vá a tempo de o conseguir...

Beijos e abraços

Quinteto de metais

Dia de Música no Jardim da Música em Odivelas. Quinteto de metais.









Tom Waits

Nos últimos dias o site Grooveshark tem ocupado uma das janelas abertos no meu computador. Vale a pena visitarem: trata-se de um serviço onde se pode ouvir muita música. Deixo hoje aqui umas músicas de Tom Waits.

Quem é o próximo a deixar uma selecção?

Trigonometria em filme

Quem me conhece pode adivinhar que a expressão "boi a olhar para um palácio" podia ter sido inventada por alguém depois de me ver a olhar para uma equação onde estivesse alguma coisa mais que os números de zero a nove e os símbolos + - / *.

Isso não me impede de desde há muito olhar para algumas expressões matemáticas como elas próprias expressões de arte.

Deixo aqui um vídeo excelente a ilustrar isso mesmo.

Cortesia do Drumster.


sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Concerto didáctico

Sempre gostei desta musiquita de treta, previsível e desengonçada. Pelas versões que há dela, muita gente também gostará: é alegre, fácil de trautear, com uma mensagem positiva...

Esta interpretação (cortesia do pOmpOm) é, além disso, uma grande lição de virtuosismo, de música, de espectáculo. Um verdadeiro concerto didáctico.

Vale a pela partilhá-la aqui.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Citação

A propósito do Obama e do que comentei sobre o discurso aos alunos dos EUA (não tanto um discurso sobre educação mas sobre o papel do aluno) - ou se calhar apenas porque o dia hoje não aconteceu de modo a ter uma disposição mais "bem-disposta" - retiro uma citação de um blog que visito:

“Life isn’t about finding yourself. Life is about creating yourself.”
George Bernard Shaw

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Obama sobre a educação

De vez em quando circulam no nosso (micro) meio da SMO algumas preocupações sobre a educação. Deixo aqui para comentários o discurso de Obama no início do ano lectivo em terras do tio Sam.
(a tradução é de português do Brasil)


"Olá a todos. Como estão? Estou aqui com os estudantes do Colégio Wakefield, em Arlington, Virgínia. Estão conectados também estudantes de todo o país, do jardim de infância ao ensino médio. Estou feliz que todos vocês tenham conseguido se unir a nós hoje.

Eu sei que, para muitos, hoje é o primeiro dia na escola. E, para aqueles que estão no jardim, começando o ensino fundamental ou o ensino médio, é seu primeiro dia em uma escola nova, então é compreensível que estejam um pouco nervosos. Eu imagino que haja ainda veteranos se sentindo muito bem agora, já que falta só mais um ano. E, não importa qual seja sua série, alguns estão, provavelmente, torcendo para que ainda fosse verão e para que pudesse ter ficado na cama um pouquinho mais nessa manhã.

Eu conheço a sensação. Quando eu era jovem, minha família viveu na Indonésia por alguns anos, e minha mãe não tinha dinheiro para me mandar para a escola onde todas as crianças americanas estudavam. Então ela decidiu que me daria aulas extras, de segunda a sexta, às 4h30. Eu não ficava feliz de acordar tão cedo. Muitas vezes, eu dormia bem ali, em cima da mesa da cozinha. Mas, sempre que eu reclamava, minha mãe simplesmente me dava um daqueles olhares e dizia 'isso também não é nenhum piquenique pra mim, espertinho'.

Então, eu sei que alguns de vocês ainda estão se acostumando a voltar à escola. Mas estou aqui hoje porque tenho algo importante para discutir com vocês. Estou aqui porque eu quero falar com vocês sobre sua educação e sobre o que se espera de todos nesse ano letivo.

Eu já dei muitos discursos sobre educação. E eu já falei muito sobre responsabilidade. Eu falei sobre a responsabilidade de nossos professores em inspirá-los e em incentivá-los a aprender. Eu falei sobre a responsabilidade dos seus pais de garantir que vocês permaneçam na linha e façam suas tarefas e não gastem todas as horas de seus dias na frente da TV ou com o seu Xbox [um modelo de videogame].

Eu já falei muito sobre a responsabilidade do seu governo de estabelecer padrões altos, dar apoio a professores e diretores e se voltar para escolas que não estejam funcionando, onde os alunos não estejam recebendo as oportunidades que merecem.

Mas, no fim das contas, podemos ter os mais dedicados professores, os mais apoiadores pais e as melhores escolas do mundo e nada fará diferença a não ser que vocês cumpram com as suas responsabilidades. A não ser que vocês compareçam a essas escolas; prestem atenção nesses professores, ouçam seus pais, avós e outros adultos; e apresentam o trabalho duro necessário para terem sucesso.

E é nisso que eu quero focar: na responsabilidade que cada um de vocês têm sobre a sua educação. Eu quero começar com a responsabilidade que vocês têm sobre vocês mesmos. Todos vocês têm algo em que são bons. Todos vocês têm algo a oferecer. E vocês têm uma dívida consigo mesmos de descobrir o que é isso. Essa é a oportunidade que a educação dá.

Talvez você possa ser um bom escritor --talvez até bom o suficiente para escrever um livro ou artigos em um jornal--, mas você pode não descobrir isso até escrever um trabalho para sua aula de inglês. Talvez você possa ser o próximo inovador, ou um inventor --talvez até bom o suficiente para inventar o próximo iPhone ou um novo remédio ou vacina-- mas você pode não descobrir isso até fazer um projeto para sua aula de ciências. Talvez você possa ser um prefeito, um senador ou um juiz da Suprema Corte, mas você pode não descobrir até entrar em uma organização estudantil ou um time de debates.

E não importa o que você queira fazer com a sua vida --eu garanto que você vai precisar de educação. Quer ser um médico, um professor, um policial? Quer ser enfermeiro, arquiteto, advogado ou militar? Você vai precisar de uma boa educação para todas essas carreiras. Você não pode deixar da escola e cair em um bom emprego. Você precisa trabalhar para isso, treinar e aprender.

E isso não é importante só para a sua vida e o seu futuro. O que você faz com sua educação decidirá nada menos que o futuro desse país. O que você está aprendendo na escola hoje irá determinar se nós, como nação, poderemos enfrentar nossos maiores desafios no futuro.

Você vai precisar do conhecimento e da habilidade de resolver problemas que você aprende em ciências e em matemática para curar doenças como o câncer e a Aids, para desenvolver novas tecnologias de energia e para proteger nosso ambiente. Você vai precisar das ideias e do pensamento crítico que ganha com história e estudos sociais para combater a pobreza e a miséria, crime e discriminação, e fazer nossa nação mais justa e mais livre. Você vai precisar da criatividade e inventividade que você desenvolve em todas as suas aulas para abrir novas empresas que criação nossos empregos e impulsionarão nossa economia.

Nós precisamos que cada um de vocês desenvolve seus talentos, habilidades e intelecto para que vocês ajudem a resolver nossos problemas mais difíceis. Se vocês não fizerem isso, se vocês saírem da escola, vocês não desistem apenas de si mesmos, mas do nosso país.

Eu sei que nem sempre é fácil ir bem na escola. Eu sei que muitos de vocês têm desafios em suas vidas pessoais que podem dificultar o foco nas tarefas. Eu entendo. Eu sei como é isso. Meu pai deixou a minha família quando eu tinha 2 anos, e fui criado por uma mãe solteira que, às vezes, sofria para pagar as contas e nem sempre podia dar as coisas que outras crianças tinham. Houve épocas em que eu senti falta de ter um pai na minha vida. Houve épocas em que eu me sentia solitário e desajustado.

Então, nem sempre eu estive tão focado quanto deveria. Eu fiz algumas coisas das quais eu não me orgulho, e tive mais problemas do que deveria. E minha vida podia ter, facilmente, ido pelo pior caminho. Mas eu tive sorte. Eu tive muitas segundas chances e tive a oportunidade de ir para a faculdade e para o curso de direito, e seguir meus sonhos. Minha mulher, nossa primeira-dama, Michelle Obama, tem uma história parecida. Nenhum dos nossos pais tinham ido à faculdade, e eles não tinham muito. Mas eles trabalharam duro, e ela trabalhou duro e frequentou as melhores escolas desse país.

Alguns de vocês podem não ter essas vantagens. Talvez vocês não tenham adultos em suas vidas que deem o apoio de que precisam. Talvez alguém na sua família perdeu o emprego e não há dinheiro. Talvez vocês vivam em uma vizinhança onde não se sentem seguros ou tenham amigos que os pressionam a fazer coisas que não são certas.

Mas, no fim das contas, as circunstâncias da sua vida --como vocês é, de onde você veio, quanto dinheiro você tem, o que acontece na sua casa-- não são desculpa para negligenciar suas tarefas de casa ou ter um mau comportamento. Não há desculpa para responder ao seu professor, para matar aulas, para deixar a escola. Não há desculpa para não tentar.

Onde você está agora não precisa determinar onde você vai acabar. Ninguém escreveu seu destino pra você. Aqui na América você escreve o seu destino. Você faz o seu futuro. É isso que jovens como vocês estão fazendo todos os dias, em todo o país.

Jovens como Jazmin Perez, de Roma, no Texas. Jazmin não falava inglês quando ela chegou à escola. Quase ninguém da cidade dela foi à faculdade, e os pais dela também não. Mas ela trabalhou duro, tirou boas notas, ganhou uma bolsa na Universidade Brown, e está agora na faculdade, estudando saúde pública, em vias de se tornar a Dra. Jazmin Perez.

Estou pensando em Andoni Schultz, de Los Altos, na Califórnia, que luta contra um câncer no cérebro desde os 3. Ele passou por todo tipo de tratamento e cirurgia, e um deles atingiu sua memória, então ele levava muito mais tempo --centenas de horas extras-- para fazer as lições de casa. Mas ele nunca se sentiu mal, e está indo para a faculdade neste outono.

E há ainda Shantell Steve, da minha cidade, Chicago, em Illinois. Mesmo passando de um abrigo para outro nas piores vizinhanças, ela conseguiu um emprego no centro de saúde da comunidade; iniciou um programa para manter os jovens longe das gangues; e agora está a caminho de concluir o ensino médio com mérito e passar à faculdade.

Jazmin, Andoni e Shantell não são diferentes de nenhum de vocês; Eles enfrentaram desafios em suas vidas, assim como vocês. Só que eles se recusaram a desistir. Eles assumiram toda a responsabilidade por sua própria educação e estabeleceram metas. E eu espero que todos vocês façam o mesmo.

É por isso que, hoje, estou pedindo que cada um de vocês estabeleça suas próprias metas de educação e faça tudo que puder para alcançá-las. Sua meta pode ser simples como fazer sua tarefa e prestar atenção na aula ou reservar um pedaço do dia para ler um livro. Talvez você decida se envolver em uma atividade extracurricular ou ser voluntário em sua comunidade. Talvez você decida defender crianças que estão sendo provocadas ou agredidas por causa daquilo que são ou de suas aparências porque você, como eu, acredita que toda criança merece um ambiente seguro para estudar e aprender. Talvez você decida cuidar melhor de si para ficar mais pronto a aprender.

E, nesse sentido, espero que todos lavem muito as mãos e fiquem em casa quando não estiverem se sentindo bem, para evitar que as pessoas peguem gripe neste outono e inverno.

O que quer que decida fazer, eu quero que você se comprometa. Quero que você realmente trabalhe nisso. Eu sei que, às vezes, você acha, pela TV, que pode ser rico e bem-sucedido sem trabalhar duro --que seu passaporte para o sucesso é ser cantor de rap ou estrela de basquete ou de um reality show quando a probabilidade é que você nunca seja nada disso.

A verdade é que ser bem-sucedido é difícil. Você não vai gostar de todas as disciplinas que estudar. Você não vai se apegar a todos os professores. Nem todas as tarefas vão parecer relevantes para sua vida nesse minuto. E você não vai, necessariamente, se dar bem em tudo da primeira vez que tentar.

Tudo bem. Algumas das pessoas mais bem-sucedidas do mundo são aquelas que tiveram mais fracassos. O primeiro 'Harry Potter' de JK Rowling foi rejeitado 12 vezes antes de ser finalmente publicado. Michael Jordan foi cortado do time de basquete de sua escola e perdeu centenas de jogos e errou milhares de lançamentos durante a carreira. Uma vez ele disse: 'Eu falhei muitas e muitas vezes na minha vida. E por isso eu venci.'

Essas pessoas venceram porque elas entendem que você não pode deixar seus fracassos definirem quem você é --você precisa é deixar que eles te ensinem. Você precisa deixar que eles te ensinem o que fazer diferente da próxima vez. Se você se meter em confusão, não significa que você seja um arruaceiro, mas que precisa se esforçar mais para se comportar. Se você tirar uma nota ruim, não significa que seja burro, mas que precisa estudar mais.

Ninguém nasce sendo bom nas coisas. Você fica bom trabalhando muito. Você não é um atleta da primeira vez que joga um esporte novo. Você não acerta todos os tons da primeira vez em que canta uma música. Você precisa treinar. É o mesmo na escola. Você pode ter que resolver um problema de matemática algumas vezes antes de acertar, ou ler algumas vezes antes de entender, ou fazer alguns rascunhos em um papel antes de ter algo bom o suficiente para apresentar.

Não tenha medo de fazer perguntas. Não tenha medo de pedir ajuda quando precisar. Eu faço isso todos os dias. Pedir ajuda não é sinal de fraqueza, é sinal de força. Mostra que você tem a coragem de admitir que não sabe de algo e de aprender uma coisa nova. Encontre um adulto em quem confie --um pai, um avô ou um professor, um treinador ou um conselheiro-- e peça a eles para te ajudar a continuar na linha e alcançar suas metas.

E mesmo quando você estiver sofrendo, mesmo quando estiver desencorajado, quando sentir que os outros desistiram de você --não desista de você mesmo. Por que quando você desiste de você mesmo, você desiste do seu país.

A história da América não tem pessoas que desistiram quando as coisas se complicaram, mas sim pessoas que continuaram, que tentaram com mais empenho, que amaram o país tanto que não podiam fazer menos do que o melhor.

É a história de estudantes que sentaram onde vocês se sentam, há 250 anos, e enfrentaram uma revolução e fundaram essa nação. Estudantes que sentaram onde vocês se sentam, há 75 anos, e superaram a Grande Depressão e ganharam a guerra mundial; que lutaram pelos direitos civis e puseram o homem na lua. Estudantes que sentaram onde vocês se sentam, há 20 anos, e fundaram o Google, o Twitter e o Facebook e mudaram o modo como nos comunicamos uns com os outros.

Então, hoje, eu quero perguntar a vocês, qual será sua contribuição? Quais problemas você vai resolver? Quais descobertas você vai fazer? O que um presidente que estará aqui em 20 ou 50 anos falará sobre o que vocês fizeram por esse país?

Suas famílias, seus professores e eu faremos tudo que pudermos para assegurar que vocês tenham a educação de que precisam para responder essas perguntas. Eu estou trabalhando duro para consertar suas salas de aulas e comprar os livros, equipamentos e computadores de que precisam para aprender.

Mas vocês têm que fazer sua parte também. Então espero que vocês levem a sério este ano. Espero que vocês deem o melhor de si em tudo que fizerem. Espero coisas grandes de cada um de vocês. Não nos decepcionem --não decepcionem a sua família, o seu país nem você. Façam com que todos fiquem orgulhosos. Eu sei que vocês podem.

Obrigado. Deus os abençoe e Deus abençoe a América."

sábado, 5 de setembro de 2009

O 2º maior aquário do mundo, no Japão

LIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIINDO

Uma espécie de resposta ao post anterior de TubaMístico

Lê-se na letra de "Everything Is Borrowed" dos The Streets: "You’re never nothing, if you didn’t disappear" - ver post anterior. Esta semana o meu leitor de mp3 cansou-se de debitar My Brightest Diamond. Deixo uma canção chamada "Disappear". Há inúmeras remixes deste tema; deixo aqui uma actuação ao vivo mas quem ouvir o álbum -julgo que-vai gostar mais da remix "Disappear (Wheat to Whiskey Mix by Cedar AV)".

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Everything is Borrowed - The Streets

sexta-feira, 24 de julho de 2009

VII Festival de Bandas Filarmónicas Pavilhão Paz e Amizade - Loures, 1997

terça-feira, 30 de junho de 2009

O telemóvel mudou (também) o nosso conceito de arte?

Um filósofo do XX, Walter Benjamin, questionou-se na década de 30, num contexto de crescente importância da fotografia, sobre "a obra de arte na era da sua reprodutibilidade técnica". A questão que se punha era a do contacto com as obras de arte através de meios indirectos (até aí para se ver determinada obra tinha de se estar frente a ela) sua implicação na função/fruição da obra, a sua democratização e a possibilidade da sua manipulação para fins de poder/políticos. Um tema para um trabalho que hoje - com a reprodução e desmaterialização digital - teria certamente muito mais para se dizer sobre.

A minha ideia é bastante mais simples: com um simples telemóvel e básicos meios técnicos nele disponíveis à proximidade de um clique, sem absolutamente nenhum trabalho, é possível fazer umas imagens "artísticas" como a que deixo em baixo. Posso chamar-lhe "falso raio X" ou "esqueleto" ou "entre mundos". Não acham giro? Achei o máximo.

domingo, 21 de junho de 2009

Visualizar a música (2) - Beethoven

Visualizar a música - Debussy

John Coltrane -Giant Steps (todas as notas) - Imperdível

domingo, 14 de junho de 2009

Stand By Me

O vídeo já circula na internet há algum tempo mas é sempre um prazer ver e ouvir.


quinta-feira, 11 de junho de 2009

Homenagem (feita à pressa)

No último ensaio que fiz na velha SMO (do grupo de metais para a assinatura do protocolo de financiamento para as obras) tirei algumas fotografias de coisas para as quais olhámos durante anos. São poucas, mas muitas mais são as imagens que vão ficar em nós.

domingo, 7 de junho de 2009

Um dia a casa vem abaixo


Amiguinhos...


Há uns anos saiu um filme com o título que dá o mote a esta postagem. Certamente nem todos se lembram, mas lá pelo meio há algumas imagens que podem ser mais ou menos ilustradas por esta que aqui apresento.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Parabéns Rui Pinto


...e calha sempre no dia da criança.

domingo, 17 de maio de 2009

Caros blogueiros

A pedido dos mais variados quadrantes da sociedade em geral, aqui publico as plantas das alterações que a SMO irá sofrer.

sábado, 9 de maio de 2009

O ano que passou II




O ano que passou




































Olá, estava a dar uma volta nps meus ficheiros da SMO e encontrei alguns cartazes das actividades que a SMO desenvolveu neste último ano.Alguns foram feitos pela presidente ou por conhecidos dela. Alguns são esteticamente bastante evoluidos.





sábado, 25 de abril de 2009

Tocar trompete não é para todos...

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Mankind is no island

Nem só de música vive o nosso blog. Já aqui falámos de cinema, fotografia, BD. Hoje fica exposta uma nova realidade artística: o vídeo, ainda para mais feito com um telemóvel. Cortesia da Zaracotrim.



Uma boa ideia, um vídeo tocante, tecnicamente muito bem engendrado, apesar dos parcos recursos.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Ensaios na Malaposta

Já aqui falei dos ensaios na Malaposta. Embora tenham sido, até agora, só dois, aquela aura artística encanta-me. E com um telemóvel com câmara até (parece que) eu me torno um fotógrafo com algo para dizer.

Não tenho o "à vontade" necessário aos fotógrafos para estar no cenário de uma forma "invisível", movimentar-me no espaço escondido atrás câmara para captar a "essência" do momento. Mas fotografar um ensaio de música parece-me uma coisa "mágica": se bem captada, uma fotografia consegue transmitir o espaço da criação artística, tornando-se arte nesse mesmo movimento.

Se tiveram curiosidade vejam fotografias de Francis Wolff, um fotografo alemão que fotografou 30 anos para a editora Blue Note.

Deixo aqui as minhas fotografias do ensaio



Retrato do artista ao espelho


Mona lisa


Fat instrument under a green field


Cenário idílico (pós tchapuns)


???????


Aguardo comentários.

NOTA: Ouçam jazz.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Marco Histórico



Foi hoje, dia 22 de Abril de 2009, aprovado em reunião da Câmara, na presença do nosso Vice-Presidente, e com votação por unanimidade por parte do executivo camarário, o protocolo para cedência de subsídio para a realização de obras na Sede da Sociedade Musical Odivelense.


Está agora pendente, apenas, a assinatura do contrato com a construtora. Está previsto o ínicio das obras para o ínicio do mês de Maio de 2009.


Agradeço, penso que em nome de todos, à anterior e à actual Direcção da SMO o esforço, empenho e tenacidade demonstrados que permitiram o desenrolar das "demarchés" necessárias para a obtenção do referido subsídio.


O meu (e nosso) muito Obrigado!!!!


(Achei que este dia merecia um post!!!)

terça-feira, 21 de abril de 2009

Uma fotografia II

Uma bastante antiga está na pagina da SMO, na parte da história. Penso que haverá mais já digitalizadas. Esta será de 1905, ou seja, já é centenária.

sábado, 18 de abril de 2009

Uma fotografia

Como alguns saberão, gosto de fotografia sendo o amadorismo na arte de fotografar equivalente à de tocar - com menor prática, ainda.

Há algumas fotos antigas na SMO, especialmente as das bandas antigas, que sempre achei muito interessantes: não só olhar aquelas fisionomias de outro tempo mas também porque nos ajudam a integrar-nos numa História (a da SMO).

Com elas faz mais sentido o que fazemos.

E depois há o efeito "carpe diem": aquelas pessoas estão [uso o verbo no presente de propósito] ali de carne e osso, transformaram-se em pó e sussurram "aproveitem o dia".

Pensei nelas porque encontrei a fotografia abaixo. "Gente do século XX"; o título dava um tratado: as pessoas estão ali não como músicos mas como "gente" e com elas o fotógrafo quer representar um século. Não só com esta, porque "apenas" faz parte de um projecto mais lato, mas isso não retira a essência do nome da fotografia. "Gente do século XX". É um nome gigante. Tirada em 1929.

Como não tenho as da SMO deixo-a aqui esta. Com a colaboração do Interino vou tentar digitalizar as nossas fotografias levá-las a todos.




August Sander, People of the 20th Century, 1929

sexta-feira, 17 de abril de 2009

O som do futuro?

Deixo aqui um post de uma música que, sempre que a ouço, me parece ter sido feita muito para além do seu tempo - "I feel love" de Donna Summer, de 1977.
Quer se goste, quer não, esta música influenciou o futuro e abriu o mundo da electrónica à musica de dança (na altura era o "disco sound"). Ainda hoje tem uma sonoridade futurística, apesar dos seus 32 anos...

quinta-feira, 16 de abril de 2009

SMO na Malaposta

Desta feita não é de nenhum concerto que se trata. A velhinha SMO vai para obras (queremos ver as plantas no blog!) e os ensaios são na Malaposta. Pode ser que aquele ar cultural inspire mais presenças nos ensaios.

Aqui fica um excerto do ensaio, protagonizados pelo naipe de trompetes - quem mais poderia ser?!?!?!?

terça-feira, 14 de abril de 2009

Haydn

Comemoram-se os 200 anos da morte de Haydn, um músico sem o qual não se pode pensar a música ocidental.

Claro que os quartetos e as sinfonias são mais conhecidas/importantes mas não posso de deixar ilustrar este post com uma passagem do concerto para ... trompete.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Não sei, sempre foi assim

Olá de novo.

Gostava de relatar aqui uma experiência científica, que, deixando as devidas distâncias pode ser aplicado à nossa realidade e daí ter usado a mesma expressão na postagem anterior.

Eis a experiência:

Um grupo de cientístas fechou um grupo de 4 macacos numa jaula. Quando lá punham um cacho de bananas, naturalmente um dele atirava-se ao cacho, nesse momento os cientístas mandavam um jacto de água fria sobre os restantes. Passado algum tempo e fartos da água fria, os macacos sovavam voilentamente o macaco que tentava chegar às bananas até que por fim nenhum se atrevia a lá ir.
Nesse momento trocaram um dos macacos mais antigo por um novo que desconhecendo as regras, quando aparecia o cacho atirava-se a ele. Os restantes macacos apesar de não levarem mais com a água fria, conscientes do que poderia acontecer maisuma vez sovavam o novo elemento até que este deixava de tentar agarrar o cacho.
Um a um, todos os macacos originais foram mudados sem que os novos alguma vez tenham passado pela experiência da água, no entanto sempre que um macaco novo entrava, os da segunda geração sovavam-no.
Nesse momento se porventura perguntassem aos macacos porque sovavam os novos por causa das bananas eles provavelmente responderiam "Não sei, sempre foi assim".

Esta história aplica-se a muitas realidades, mas quando se questionarem porque é que mesmo após estes anos todos continam a ir semana após semana, terça e quintas aos ensaios e aos concertos pensem, façam uma introspecção, e não respondam "Não sei, sempre foi assim"

Interino

"A pasta" II

Caros amigos

A postagem do Tromps intitulada "A pasta" permitiu-me fazer algumas analogias com o funcionamento e a atitude que por vezes, e sem sabemos bem porquê, temos em relação à SMO.
Na nossa pasta está aquilo que em parte nos caracteriza como músicos, podemos saber solfejo e tocar um instrumento mas são os papéis que nos ajudam a ser um grupo unido e a caminhar todos na mesma direcção, ….bem por vezes uns mais à frente e outros mais atrás…….
Essa mesma pasta é utilizada todos os ensaios e concertos, mas que geralmente numa perspectiva do imediato, ou seja abre-se para tirar de lá um papel que estamos a tocar no momento.
Nunca nos preocupamos a olhar para o que há dentro dela, tal como no testemunho do Tromps que com certeza que há vários anos não o fazia. Se transpusermos para a nossa realidade compreendemos que a maioria das vezes é essa a nossa atitude.
Quantos de vós sabe o nome dos nossos colegas mais pequenos, eles que tal como nós quando éramos da idade deles, tentam encontrar o seu lugar no conjunto, saber até onde podem ser interventivos, olhando para nós como “monstros sagrados”, colegas da banda e de naipe mas ao mesmo tempo tão distantes. Alguém sabe quem é a Ana o Daniel e a Fátima ?
A maioria dos colegas nem à sala dos instrumentos sobe, limitando a sua acção entre a porta de entrada e o palco, numa de perspectiva de “tenho de ir ao ensaio,…….tenho de tocar,…….tenho de ir embora que amanhã tenho de me levantar cedo…….” E saem, se calhar, com um misto de alegria pelo facto de terem feito algo de que se gosta, alívio que acabou ou com o sentimento do dever moral cumprido.
Qual foi a última vez que entraram na porta que dá acesso ao camarim do lado direito ou que foram debaixo do palco ? Todos sabem onde se guardam as fardas que não estão distribuídas ? Qual foi a última vez que passaram pela porta que há por detrás do palco ? Sim há lá uma porta…
Sabiam que a SMO tem danças de salão ?
Presumo que se alguém nos perguntar porque é que vamos aos ensaios todas as semanas somos capazes de responder “Não sei, sempre foi assim….”

Aproveitem esta fase de mudança para pararem um pouco para pensar para que quando voltarmos à sede olhemos para ela de uma forma diferente, como um grupo alargado do qual todos fazemos parte.

Interino

terça-feira, 7 de abril de 2009

Spider-Man

A Marvel começou a disponibilizar no seu site os episódios originais da sério Spider-man. Não sou um fã seguidor (nem deste nem de outra personagem da BD) mas esta série em particular desperta-me um recalcamento; tanto quanto me lembro, a série na RTP (quando só havia RTP) dava na RTP 2 às mesma hora do Telejornal, do que resultava só ver praticamente o genérico e ter de mudar para a RTP1 logo a seguir porque o meu pai estava bem nas tintas para a bonecada e queria era "ouver" as notícias. Aqui fica. Para os interessados sai um novo episódio cada quinta-feira.

domingo, 5 de abril de 2009

O "preço" da Cultura - II

A pergunta lançada pelo nosso Interino tem muito interesse; realmente podemos pensar que a cultura é um domínio à parte e que não pode obedecer à lei do "vil metal": entre outros argumentos, o mais imediato é que a produção artística tem de ser livre, sem estar dependente de coisas que lhe são estranhas e que a podem pressionar/condicionar; compro o argumento, embora grandes obras artísticas tenham resultado de encomendas - os grandes pintores holandeses de XVII, a Basílica de S. Pedro, grandes obras de música, cinema, etc, etc,etc. Até porque os artistas precisam de comer. Claro que depois todos conhecemos o cliché do artista "fora deste mundo", marginal, incompreendido no seu génio em vida e idolatrado na morte; as nossas estantes e paredes estão cheias de Kafkas e Van Goghs e o próprio Fernando Pessoa praticamente não teve público no seu tempo. E estes artistas, sem relevância no tempo em que criaram, também comeram. O que ainda dá mais relevância à pergunta do nosso Interino: 80 cêntimos de euro? Com isso nem um burger...


Viagem a França, 1989 - V

Termino com este post a viagem a 1989. Depois de em 25 de Março termos desfilado e concertado - como ilustrado em anteriors post's - em Longues, Vic le Comte e Romagnat (transcrevo o nome das localidades tal como estão escritas no filme que tenho, embora não tenha encontrado no mapa nenhuma localidade com nome de "Longues") chegámos, dia 26, à Opera de Clermont Ferrand.

Primeiro tocou a banda local.

O nosso programa começou com uma marcha militar de Schubert, passou para a "Incógnita", visitou algumas melodias de Mozart, e depois de se perder por coisas como "Dry Bones" e "James Last nº3" encerrou com o "Can't take my eyes of you" [esta é já de certeza a peça com mais menções neste blog]

No fim houve umas peças tocadas em conjunto pelas duas bandas.

Deixo aqui a "Incógnita". Dez minutos. Espero os comentários.

sábado, 4 de abril de 2009

O "preço" da Cultura


Caros blogueiros


É palavra corrente que tudo neste Mundo deve ter um preço, sem o qual as coisas acabam por perder a dignidade e o seu real valor. Mas acho que 80 c€ É UM ESCÂNDALO, acrescido a uma especie de insularidade que nos obriga a pagar uma sobretaxa que nos leva para mais de 1€.
Aqui se pode ver a espécie de muro de Berlim, ou paralelo 38 que separava as pessoas do acesso à cultura.
Ainda mais escandaloso, era o facto de quem pretendia assistir vindo do subúrbio pagar mais de 1€ e quem vinha do lado da capital pagar 80 c€ e ainda ter direito a dar uma voltinha de metro.
Pode na imagem ver-se as máquinas azuis que se arvoram como provedores da cultura que apenas através deles é facultado o acesso, mais ainda no ecran aparece algo como "Proteja os seus.....", bens ? direitos ? ouvidos ?
UM ESCÂNDALO....


terça-feira, 31 de março de 2009

Uma pasta

Agora que estamos de mudanças/obras (quer se queira quer não são sempre alturas indutoras de actos/(pelo menos)pensamentos de catarse) acho que podemos olhar para nós e "questionar o óbvio", olhar com os olhos de quem está de fora e fazer aquelas perguntas que nunca fazemos: "é para ficar ou deitar fora?" "porque é que guardei isto?" "o que está a fazer aqui esta -----?" "porquê...".

Insuflado deste pequeno lampejo de pensamento (pensá-lo era pedir ainda mais que uma SMO nova), olhei para a pasta dos papéis.



Graças aos Céus que a maior parte das vezes quem maneja a nossa pasta é o meu amigo "interino". A minha organização mental ia precisar de actualização de firmware para conseguir encontrar um papel em menos de... digamos ... 3 minutos.
Abri a pastita, assim meio a medo, como quem abre a caixa de Pandora, e vi:

- várias marchas graves das quais destaco as clássicas "Padroeira", "Devoção" e "Glória à Virgem"
- memórias de muitas marchas populares com os sugestivos nomes de "Marcha da Ramada" (2001, 2004 e sem data), "Paixão de saloia", "Lindas saloias"
- canções políticas como as imortais "Grândola vila morena", "E depois do adeus"
- as míticas peças como "Abraço a Portugal", "Suite alentejana" (estranhei não encontrar a "France"), "When the saints go marching in" (ou simplesmente "marching"), - para pena minha não encontrei o "Rock viruta" nem o "Concerto para um Verão"-, "Can't take my eyes of you" (pelas piores razões - vocês sabem a que me refiro ...)
- algumas (quase) bandas sonoras: ainda o "Can't take...", (d'"O caçador), mas também "Luzes da Ribalta" (de onde é que isto veio?), "Titanic", "Verdes anos", Canção de Lisboa", "Schinler's list"
- marchinhas antigas: "Lijnbaan mars", "Cavalo de Tróia", "Anchors aweigh" - que será feito do "Domingo de Páscoa"?
- arranjos de monstros da música: Beethoven, Rolling Stones, Supertramp, Mozart, Santana, Verdi, Eric Clapton
- músicas fora de tempo: "The magic of Christmas", "Drummer boy"
- alguns devaneios: "Pilatus", "Les misérables", "Music", "Sing, sing, sing", "Persis", de John Williams "Evening at pops" e "Highlights from Hook", "Nostrodamus", "Porgy and Bess", "Earth, wind and fire"

Depois encontrei "coisas para lá da compreensão": um papel de uma coisa chamada "S João Bonito" ????; outro de "Auld lang syne" ????; outro de "But not for me" (de Chet Baker); outro de "The elephant song" - para trompa em fá. Alguém tem algum lampejo de explicação para isto?

E finalmente há as coisas "esquisitas":
- 2 inventários de instrumentos
- 1 relação de telefones dos músicos
- várias folhas soltas de vários métodos de trompete
- 1 diploma passado em nome de Pedro Fonte por ter participado no VII Encontro da Bandas Amadoras da Charneca - Lisboa, em 7 de Junho de 1998 - assinado pelo punho do Presidente da dita JF
- 1 programa da Cinemateca de Lisboa de Setembro de 2008 (quase actual)
- 1 programa do Concerto de Natal, em 7 Dezembro de 2002, na Basílica do Palácio Nacional de Mafra
- 1 factura de palhetas de 19€ - ao menos o bocal não dá despesa

A cereja em cima do bolo: a "Partitura Hino da SMO", estando manuscrito na últina página, "Extraído de papéis antigos existentes, arranjo desta partitura por Armandino Massano Leitão, Odivelas, 14 de Março de 1982"

Depois dito só me resta dizer "a minha pasta é um mundo".

segunda-feira, 30 de março de 2009

Viagem a França, 1989 - IV

Foi uma mini-maratona de concertos. Os meus beiços nunca mais tocaram tanto (não falo em qualidade, apenas quantidade) em tão pouco tempo. [exceptuando talvez algum Festival Ibérico em que tive de fazer uns veste-despe entre desfiles, concertos de Banda e concertos de Orquestra de grupos diferentes]

domingo, 29 de março de 2009

Viagem a França, 1989 - III

Por este dia há 20 anos atrás - o último concerto foi no dia 26, em conjunto com a banda de Clermont Ferrand - já devíamos estar de volta a Portugal.

Deixo aqui todas as fotografias que conservo da viagem. Além de serem poucas - na altura não havia o desperdício das máquinas digitais - são de fraca relevância documental e ainda menor qualidade artística. Mas servem o seu propósito de espicaçar a nossa memória.


terça-feira, 24 de março de 2009

Aznavour

Transponho para o blog um vídeo partilhado em e-mail pelo nosso pOmpOm.
Se lhe tenho de agradecer a partilha do vídeo - Aznavour não será dos meus cantores favoritos no género mas não deixa de pulsar em algumas músicas a minha corda "romântica" - tenho de rectificar a "informação" que o vinha a acompanhar: as belas senhoras não são filha e esposa de Aznavour. O vídeo foi retirado da semi-final de um concursos para aspirantes a cantores, chamado Star Academy e as duas jovens são Sofia Essaïdi e Elodie Frégé. Ganhou a loira Elodie - embora não me pareça que haja grande dúvida que a Sofia - nascida em Casalanca em 1984 - é melhor.


Música lá para os lados de Berna, Suiça

Contributo por e-mail - que eu transponho para este blog - da nossa emigrante Carmen sobre "bandas como a nossa" na Suiça.



Podemos discutir a "qualidade" sonora, interpretativa, visual, performativa, eu sei lá que mais desta banda. O que é indiscutível é que eles estão contentes com o que estão a fazer, a bombar - com os seus barretes quentinhos - quase non stop durante 8 minutos. E esse gozo ninguém lhes tira. E para haver grandes orquestras tem de haver na sociedade associativa/civil este tipo de grupos e será deste humús ( não digo estrume para não haver segundas interpretações - embora o efeito final seja o mesmo) que emergirão os grandes músicos, aqueles que quando tocam nos fazem esquecer o nosso corpo e elevam a nossa alma - ou o que está em nós por ela - a um estado de felicidade divina. [desculpem esta última parte mas com estou a ler "A Odisseia" deixei-me levar no espírito da coisa. Vou tentar fazer com que não volte a acontecer]

quinta-feira, 19 de março de 2009

Viagem a França, 1989 - II

A viagem continua. O programa é apertado. De terreola em terreola à volta de Clermont Ferrand lá vai a banda de tugas a tocar pelas ruas.


segunda-feira, 16 de março de 2009

Viagem a França, 1989 - I

Aqui está a 1ª parte do diário em vídeo da viagem a França da SMO em 1989 - transposição de filme em VHS. A música é muito má (e não vale a pena culpar o VHS por isso) a imagem é pior que um download ilegal de um filme gravado por uma câmara amadora numa sala de cinema mas há tantos "tesourinhos deprimentes" a descobrir que a postagem deste vídeo faz todo o sentido.

Passaram 20 anos. É muito bom descobrir quem passados estes anos ainda tem a coragem (além do gosto) de continuar a tocar na banda. É bom ver e lembrar todos os outros.





O trompete que levei a França era um Amati da Banda de Loures - supostamente melhor que o Toneking que tinha de Odivelas - e que na viagem de ida caiu dentro do autocarro e amachucou a "volta" principal. O som "natural" já não era muito bom mas assim terá ficado (ainda) pior. Não terá tido nada a ver com este facto mas nesse ano recebi o Getzen que ainda tenho e que já aqui mostrei em peças.

sábado, 14 de março de 2009

Eyes wide shut

Em resposta ao post do TubaMístico aqui deixo outro filme de Kubrick na lista dos "filmes da minha vida": "Eyes wide shut".

Mais uma vez a música veste-se de personagem e leva-nos além do que vemos. Ligeti (o mesmo da música de "2001") dá a mão a Shostakovich e ambos guiam-nos neste filme sublime.





sexta-feira, 13 de março de 2009

2001

Recentemente revi o filme 2001 odisseia no espaço. A Lena viu-o pela primeira vez. Para mim será talvez um dos filmes com um melhor "casamento" entre a música e a imagem. Não vou sequer tentar comentar a obra, mas este é sem dúvida um aspecto que tornou o filme numa das obras primas do cinema.

terça-feira, 10 de março de 2009

Vídeo musical

sábado, 28 de fevereiro de 2009

Compreender !!

O Título deste post pode-se ainda traduzir em: "O Objectivo mais nobre que a arte da música pode almejar", explico de seguida:

Há uns dias atrás foi ver o filme "O Leitor" (sim, tendo em conta a saga dos óscares)...

É sem dúvida um filme que pode servir de base a uma campanha de alfabetização, um bom filme... não é fantástico, mas é bom...
Há, no entanto, uma expressão no filme que diz que "We are trying to understand"...

Penso que é das expressões mais fortes do filme...

Para quem não sabe é um filme que gira em torno nos julgamentos de Heidelberg, relativamente aos colaboradores do regime Nazi (em meados dos anos 60) - não confundir com os julgamentos de Nuremberg.

Ora, daí que seja importante compreender... Compreender principalmente 2 coisas:
1) Como pode uma sociedade deixar-se levar ao extremo da loucura e da xenofobia?

2) Como é que os elementos dessa mesma sociedade podem permitir que praticamente se destrua uma raça motivados pelo ódio, discriminação e ignorância??

Há 2 ensaios atrás o nosso maestro trouxe uma música para testar, uma música bastante triste, com uma melodia melancólica e que, se a ouvirmos com atenção, transmite todo o sofrimento e toda a dor de uma população...

A música ajuda a compreender o que essas pessoas sofreram... E ao compreendermos essa dor, podemos abandonar a ignorância do desconhecimento e, quem sabe, permitir que uma situação igual não se repita no nosso tempo.
(Apesar de posteriormente a este espisódio triste na História da Humanidade e ainda hoje em dia se terem cometido e cometerem genocídios em África, Ásia e até na Europa).

Sim, a música é triste... Mas porque recordar e compreender é importante...

Apresento-vos o Tema principal de "A Lista de Shcindler" (sem dúvida, um dos filmes da minha vida) by John Williams

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

O Ilusionista

Há uns meses deixei aqui uma cena de um dos filmes da minha vida, "Paris Texas". Este "Ilusionista" não será um "filme da minha vida" mas a cena que aqui exponho é muito boa. O polícia/homem racional dá-se conta que foi vencido pelo sonho e aceita essa derrota com um sorriso nos lábios, convertido à força da magia. Com música de Philip Glass.

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Viagem a França: 20 anos

Em Março de 1989 a Banda da SMO fez a sua maior viagem até à data: fomos a França. Depois de anos a vermos a cenoura à frente dos olhos e nunca chegar a provar-lhe o gosto, lá nos meteram nas camionetas e .... aí vamos nós a França.

20 anos.(isto faz-me lembrar uma famosa canção (muito marcada de nostalgia) de Patxi Andión, 20 Aniversario, que nada tem a ver com este post mas que aqui deixo para quem quiser explorar)

Desafio todos os que fizeram a viagem a partilharem durante estas semanas as memórias que ficaram. Texto, fotos, vídeos, souvenirs, tudo serve para recordar o que fomos há 20 anos.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Outros músicos... Björk e Antony

Este vídeo foi a resposta do TubaMístico à minha apresentação de Antony. Aqui o vemos com Björk - rapariga para 43 anitos.
O vídeo é muito bonito e experimental.
Vale a pena ver.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Quanto mais prima, mais se lhe arrima...

Todos nós temos algum momento passado de que não nos orgulhamos tanto. Com os países também se passa o mesmo. A Alemanha teve o Hitler e o nazismo, Portugal o Salazar e o fascismo, e por aí a fora...

As sociedades, mesmo as recreativas e culturais, também têm por vezes passados um pouco obscuros. Obviamente que a nossa querida e mui amada SMO não foge à regra. Julgo que um desses momentos menos felizes terá sido quando, ainda durante alguns anos, por concorrência de outras salas de cinema que começaram a aparecer em Odivelas, a SMO se viu forçada, a recorrer a projecção de filmes... como direi... um pouco mais animados, para tentar combater o decréscimo de receitas.

Quando foi efectuada na sede da SMO, durante o ano passado, uma sessão sobre as memórias do cinema, encontrei na parede exposto o cartaz d'A Prima, do qual tirei uma foto. Primeiro achei hilariante, principalmente pela forma como está escrito. Mas depois compreendi que, de facto, aquele cartaz cumpria uma função um pouco mais importante no contexto daquela exposição que acompanhava a sessão das memórias do cinema. A direcção fez bem em ter colocado uma menção a esse período menos brilhante. Como disse, todos nós temos algum passado de que não nos orgulhamos tanto. Mas, esconde-lo não é, normalmente, a melhor opção. É certo que no passado da SMO nem tudo foram rosas e as direcções nem sempre tomaram as melhores decisões, mas, apesar de tudo, 145 anos é uma idade invejável e não são estes detalhes cinematográficos que estragam o conjunto da obra.

Outros músicos ... Antony and the Johnsons

Uma descoberta recente que partilho com quem gosto e gosta de música.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Parabéns a você.... maestro Palacino

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SoSuechtig, Burajiru