sábado, 13 de outubro de 2007

Flops

Já aqui contei que na minha primeira procissão fui a tocar .... estandarte. Tudo porque o raio do trompete se recusou a dar, ainda não eram 9 da manhã, um dó para eu poder afinar (o que saiu foi qualquer coisa como um fó de meter dó). Mais ou menos na mesma altura tive outra exibição brilhante. Passo a contar: num concerto no largo do Instituto de Odivelas a partitura do mestre Leitão não parava quieta, página para a frente, página para trás ao sabor do vento naquela noite de Verão. A páginas tantas - já ele não sabia muito bem qual - olhou para o chavalito enfezado, de óculos a tapar-lhe a cara e olhar tipo "boi a olhar para um palácio" e terá pensado: "aquele puto não dá uma para a caixa e já não me estou a orientar com esta ventania. Será que tem préstimo para mola ou clip?" Não pensou duas vezes e chamou: "ó tu do trompete Toneking do século passado; torna-te útil e vem cá segurar-me os papéis". E lá fui eu segurar os papéis num banquito à frente da estante, com a batuta a zurzir por cima da cabeça e com medo que a dita se me enfiasse numa orelha (os olhos estavam a salvo com uns óculos tipo máscara para soldar). Memorável.

3 comentários:

Zaracotrim disse...

Flops desses nunca me aconteceram. A situação mais ridícula que me recordo, foi andar vários anos a julgar que o meu saxofone (soprano, na altura) não dava o ré médio, quando em Lalim (belo serviço esse) um saxofonista da marinha, lá me alertou para o facto de ter uma caixa de palheta enfiada no saxofone... tudo se tornou ligeiramente mais fácil a partir desse sagrado dia.

tromps disse...

Isso é que é domínio do instrumento! Quase tão bom como do interino que num ensaio tocou de forma esforçada uma qualquer peça de música até se aperceber que estava a tocar sem a bomba do primeiro pistão.

pOmpOm disse...

Caros senhores,
a mim já me aconteceu de tudo, menos tocar com coisas dentro do instrumento, e sem bombas... isso deixo para os mais inexperientes!!!
Por exemplo, num concerto nos antigos pavilhões (vulgo rua Egas Moniz) acabei como o Tromps... a segurar o que um molho de chaves e afins não conseguiam fazer tal era a ventania (como vêem foi desde cedo que comecei a ganhar proponderância na banda!), depois toquei caixa numa procissão em S. J. da Talha (ou perto), até á chegada do Assif (foi muito mau...) e mais recentemente (muito recente, aliás) consegui chegar ao tão almejado posto de Bombeiro, no verdadeiro sentido da palavra... apaga todos os fogos e ainda por cima com maceta na mão...

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