quarta-feira, 11 de julho de 2007

A Banda no Coreto no 25 de Abril



Que saudades que nós já tínhamos de tocar num coreto. Ainda para mais todo decorado com cravos, vermelhos, claro, porque estávamos na comemoração do 25 de Abril.
Isto serve para não me acusarem de só colocar fotos com figuras menos próprias de certas pessoas que não conheço de lado nenhum, nem nunca me foram apresentadas.
A propósito, os que tocam no coreto como se chamam: coretistas, coreteiros (coristas não pode porque ainda parecer mal). Apeteceu-me levantar esta polémica acerca da nossa pobre língua mãe, que tanto parece interessar aos leitores deste Blog.

2 comentários:

tromps disse...

"coretistas" "coreteiros". E porque não "couratos"? Vamos lá a pôr os pontos nos is; chamam-se, pelo menos neste caso particular MÚSICOS. E já agora, sobre o 25 de Abril deixo um poema da Sophia : "Esta é a madrugada que eu esperava / O dia inicial inteiro e limpo / Onde emergimos da noite e do silêncio / E livres habitamos a substância do tempo." Mai ' nada.

Zaracotrim disse...

Mas olha que ficamos bem pimpolhos em cima do Coreto. E já que há espaço para a poesia, aqui fica um do O'Neill, que pelos vistos esteve presente na nossa grande actuação sur le coretô. Façam as vossas analogias :)

Inventário

Um dente d'oiro a rir dos panfletos
Um marido afinal ignorante
Dois corvos mesmo muito pretos
Um polícia que diz que garante

A costureira muito desgraçada
Uma máquina infernal de fazer fumo
Um professor que não sabe quase nada
Um colossalmente bom aluno

Um revólver já desiludido
Uma criança doida de alegria
Um imenso tempo perdido
Um adepto da simetria

Um conde que cora ao ser condecorado
Um homem que ri de tristeza
Um amante perdido encontrado
O gafanhoto chamado surpresa

O desertor cantando no CORETO
Um malandrão que vem pé-ante-pé
Um senhor vestidíssimo de preto
Um organista que perdeu a fé

Um sujeito enganando os amorosos
Um cachimbo cantando marselhesa
Dois detidos de facto perigosos
Um instantinho de beleza

Um octogenário divertido
Um menino coleccionando tampas
Um congressista que diz Eu não prossigo
Uma velha que morre a páginas tantas.

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