terça-feira, 3 de julho de 2007

2007-07-01, Concerto Póvoa de Sto Adrião, já depois das 22 h

Realizou-se ontem no moderno ringue da bela localidade da Póvoa de Sto Adrião mais um, porque não dizê-lo, esplendoroso concerto pela, porque não dizê-lo, magnífica Banda da Sociedade Musical Odivelense (SMO para conhecedores), frente a um, porque não dizê-lo, entusiástico público, ávido de boa música ou pelo menos de uma boa fartura a pingar de óleo. Já passava um pouco da hora programada para o início da actuação. Quim Barreiros, Toy, não sei quantos Carreira gritavam pelos altifalantes a convidarem as pessoas a ir para casa mas valeu (cada segundo) a esperar. Faltam-nos os adjectivos para qualificar a actuação desta banda. As flautas e flautim de som etéreo, quase diria eterno, chegaram aos nossos ouvidos qual vozes de anjos; os clarinetes, liderados por uma louraça cintilante secundada por belas morenas atingiram os nossos tímpanos como um afago de uma suave brisa num dia muito quente de Verão; os saxofones tocaram como quem fala palavras de amor eterno. E que dizer dos metais? Tanta coisa...!!! ah! ... ui!... Um primeiro trompa de qualidade tão excelente que não se deu pela falta das segundas e terceiras trompas - quase me atrevo a dizer que ele tocou os três papéis; um naipe de bombardinos de som aveludado onde é obrigatório destacar uma pequenota de quatro anos - parece que já 1ª bombardina bê; uns (dois) trombones de frenético estica/encolhe quando exigido e de suaves movimentos de mão quando necessário; uns baixos de som tão cheio que toda a Póvoa de Sto Adrião estremeceu de comoção tanto nos ff como nos pp - aliás, parece que o sismo sentido em Lisboa não foi alheio a este facto; e uma bateria estrondosa, qual relógio de precisão, quais enormes rodas onde assenta e sobre as quais desliza tal rio, mar, oceano, mundo de belas notas. Mas apesar de tudo isto não estava preparado (depois de ouvir tantos músicos, concertos e orquestras em London, N.Y., L.A, Tokyo, Paris, Prague, Moscow...) para a magnificiência dos ... TROMPETES. Que som, que brilho, que suavidade, que agressividade, que precisão, que perfeição. Numa palavra: sublime, sublime, sublime, sublime até ao fim do mundo.
Quem me lê não duvide. Estejam atentos àquela que vai ser, que já é "the next big thing".

2 comentários:

Zaracotrim disse...

Doem-me as bochechas de tanto rir! Não que não seja verdade tudo quanto é descrito neste post (!!!), mas o lirismo da escrita é magnífico, apesar de ser discutível o destaque primordial para o naipe dos trompetes, mas enfim, não me importo que fantasiem com isso.

euphonium disse...

Eu acho isto indecente... pedem-nos para participar no blog da SMO e depois espetam-nos com posts destes....
Assim não pode ser, pá! Isto é gozar com a iliteracia dos operários, pá! É uma vergonha, camaradas! Uma vergonha!...
Dá-lhe, Falâncio!

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SoSuechtig, Burajiru