A pergunta lançada pelo nosso Interino tem muito interesse; realmente podemos pensar que a cultura é um domínio à parte e que não pode obedecer à lei do "vil metal": entre outros argumentos, o mais imediato é que a produção artística tem de ser livre, sem estar dependente de coisas que lhe são estranhas e que a podem pressionar/condicionar; compro o argumento, embora grandes obras artísticas tenham resultado de encomendas - os grandes pintores holandeses de XVII, a Basílica de S. Pedro, grandes obras de música, cinema, etc, etc,etc. Até porque os artistas precisam de comer. Claro que depois todos conhecemos o cliché do artista "fora deste mundo", marginal, incompreendido no seu génio em vida e idolatrado na morte; as nossas estantes e paredes estão cheias de Kafkas e Van Goghs e o próprio Fernando Pessoa praticamente não teve público no seu tempo. E estes artistas, sem relevância no tempo em que criaram, também comeram. O que ainda dá mais relevância à pergunta do nosso Interino: 80 cêntimos de euro? Com isso nem um burger...
domingo, 5 de abril de 2009
O "preço" da Cultura - II
Publicado por tromps às 23:16
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11 comentários:
Definitivamente a tua eloquência e sapiencia esmagam-me. A minha postagem foi apenas uma tentativa, penso que não muito conseguida, de fazer um humor brejeiro com o preço dos bilhetes e pelo facto de estarmos para lá das cancelas..
Depois vens tu com um tal Van Gogh... O único Van que conheço são as Vans no Brasil (Monovolumes), o Van Basten (Jogador de futebol) e os Van Dunen (nome muito corriqueiro em Angola).
Pronto, mais uma brejeirice...(a profundidade intelectual não é para todos...)
Sim... a profundidade intelectual não é para todos... e vê-se que a tua se resume à profundidade de uma colher de chá...
Oh, ponta final, muito me bajulas. Esperava que dissesses que tenho a profundidade intelectual da faca da manteiga.....
Visto teres a profissão que tens, essa frase iria afectar não só a tua pessoa mas também as que directa ou indirectamente dependem dos teus conhecimentos.
Não estou aqui para ofender ninguém, mas sim para frisar evidências.
Talvez precise de uma auditoria externa...
O ponta_final_tromps anda muito acintoso (1) nos seus comentários. Deve ser defeito de profissão...
(1) as minhas humildes desculpas ao interino por usar este termo; para a próxima usarei um mais corrente, tipo .... pertinaz
Epá, pertinaz rima com atrás...
Apesar dos termos vilipendiosos com que o ponta final assaz me acomete, não posso deixar de exarar a minha euforia pela proficuidade de opinadelas que a minha mui modesta postagem desepoletou.
Passou-se...
Pindérico...
Podes chatear-me o que quiseres, denegrir a minha imagem como quiseres, que facturas falsas não encontras, nem activos tóxicos, nem outros afins.
Não, facturas falsas não encontro!!!
O que eu encontro, sem realizar "trabalho de campo" de auditoria são facturas, de certeza com alguma antiguidade, não lançadas na contabilidade (ver post: "Uma pasta" com data de 31.03.2009
Activos tóxicos não encontro porque não há guito para mandar cantar um cego, quanto mais para investir.
Não antagonizes o auditor. Qualquer dia ainda te arrependes...
A FÚRIA DO AUDITOR de Quentin Tarantino....
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